Subportela é composta pelos lugares de Lomba, Cortegaça e Monte.

Portela: um abaixamento entre elevações (no sentido topográfico).
Subportela, hoje, pode significar ou duas «Portellas», uma no alto (Portela Susã) e outra em baixo; ou duas localidades, uma delas acima da outra. Esta situação, muito vulgar, leva a que lugares outrora geminados se distingam com as expressões «de cima» e «de baixo».
Contudo, pode-se ainda acrescentar que «Subportela» apresenta uma grafia mais actual, uma pretensa correcção erudita. Equivale a «Portela de Jusã», isto é, «Portela de Baixo», por oposição à «Portela Susã», ou «Portela de Cima». «Soportela», porém, não demonstraria uma referência a qualquer acidente geográfico, mas ao facto de uma povoação se desenvolver abaixo de outra. Efectivamente, esta é a forma arcaica do actual topónimo, já documentada, por exemplo, em finais do século XIV.

Bouça da França: uma bouça no sítio de França ou France, ou ainda a bouça de um «Frances» (Frankita).

Castro de Cabras (1258): não se pode asseverar em absoluto que se trate sempre do conhecido tipo de fortificação (um, dois ou três muros em volta de um cabaço de monte, numa elevação). Com efeito, tudo indica que «castro» designou igualmente uma casa cercada por muro de pedra, ou alicerçada na rocha, ou em sítio alto, para fácil defesa, tal como se lê num documento dos séculos X ou XII: “castro que fuit de Floila” (Froila). Castro de Cabras refere-se, naturalmente, à característica do solo, bastante pedregoso, logo será feito de pedra ou estará assente em rochedos.

Fonte da Godinha: a matriz regista «Fonte de Agudinha», por falsa interpretação. Contudo, poderá tratar-se de fonte godinha (do latim colinea) que poderá significar «lajeada» (coberta de lajes ou cujo leito é de rocha).

Forno (1258): tudo indica que poderá relacionar-se com algum forno comunitário ou individual que terá existido na região. Todavia, este não é o sentido mais corrente, em termos toponímicos.

VIAS DE COMUNICAÇÃO - DESCRIÇÃO TOPONÍMICA

Agra da Lomba - (Caminho da) - Lembra uma grande porção de terreno fértil propício aos mais diversos fins agrícolas. Agra das Pedras (Beco da) - Via que dá acesso a este sítio de terreno lavradio com muitas pedras soltas Altinho de Lamelas (Rua do) - Como o topónimo nos indica estamos em zona de terras lamacentas. Alto da Gafa (Beco do) - Assim designado por ser um maciço granítico pouco propício para produção agrícola ou florestal. Anzoneira - (Caminho da) - Conduz-nos até à Ribeira de Subportela (Limite com Deocriste) onde existem campos férteis. Balança (Caminho da) -Traz-nos à memória, o local de passagem e pesagem das mercadorias que os carreteiros e lavradores transportavam para o embarcadouro das Mós a caminho de Viana do Castelo ou Ponte de Lima. Baltar (Caminho de) -Topónimo antigo, provavelmente de origem alemã (Balduarius). Barral (Caminho do) -Leva-nos a terrenos de características barrentas ou saibreiras. Barronco (Caminho do) - Sitio com terreno barrento ou argiloso, dai a designação. Borralheira (Caminho da) - Esta designação lembra-nos a seca das terras circundantes que se mantêm sempre em pó e em tempos passados eram regadas com a água da Ribeira do Penegudo, recolhida no Viso e, guiada por regos de terra. Carreira do Monte (Caminho da) - Por ser uma área com pouca inclinação e facilitar a entrada e subida ao monte de Roques, onde se situa a Citânia de Roques. Carreteiros (Caminho dos) - Devido à sua inclinação traz-nos à memória os sacrifícios que estes homens passavam quando transportavam as mercadorias nos carros de bois e tinham que meter o ombro para auxiliar os animais. Castanheiros (Caminho dos) - Por se localizar no sítio assim designado leva-nos a pensar que em tempos idos esta área foi um souto destas árvores produtoras de castanha, alimento humano anterior à batata e aos cereais Cesteiros (Caminho dos) - Eternizando o trabalho artesanal de cestaria fina e grossa que durante muitos anos saiu das mãos de artesãos moradores no Penegudo. Citânia de Roques (Caminho da) -Assim designado por ser uma das vias que nos conduz ao cimo do Monte de Roques onde existe a Citânia de Roques, citada em muitos escritos e com vestígios da Idade do Ferro. A ladeá-lo, quase no cimo, temos as lendárias "Boca da Serpe"e "Pegada ou Pégadinha" com o não menos falado penedo da Cruz.Eirado (Caminho do) -Terreno plano em forma de eira e de características produtivas. Fonte da Gafa (Caminho da) - Assim designado por ser marginalizado por uma fonte com esse nome. Formiga (Caminho da) - Sítio bravio que foi arroteado para solo agrícola.Fornos (Beco dos) - Supõe-se que em tempos antigos, neste sítio, devem ter existido fornos comunitários. Estrada Velha (Quelha da) - Troço da estrada antiga ainda com o pontão que servia de passagem às carroças. Gaiteiros (Beco dos) - Em homenagem aos gaiteiros desta freguesia que faziam as arruadas das festas com os bombos da freguesia. Lagar (Caminho do) - Assim designado por nele existirem ruínas de um antigo lagar de azeite, prova evidente da grande produção de azeite nesta freguesia que possuía dois lagares de azeite que funcionavam em simultâneo. Situados ao lado das ribeiras aproveitavam a água como energia hidráulica. Lagoa (Caminho da) - Conduz-nos a uma área húmida denominada Lagoa onde as espécies naturais, fauna e flora, são diversificadas e riquíssimas devido ao habitat natural aqui conservado. Linhar (Caminho do) - Tal como o topónimo indica, estas terras foram usadas no cultivo do linho (de linhar) durante muito tempo. Mogueira (Beco da) - Insere-se numa área agrícola assim designada. Moinhos de Vento (Caminho dos) - Relembrando os moinhos de vento que existiram neste local e que foram destruídos para serem construídas habitações. Moleiros (Caminho dos) - Relembrando esta profissão que perdurou durante séculos, era esta via usada para ir aos moinhos e azenhas existentes no monte de S. João e na Ribeira de Subportela. Mós (Caminho das) - Topónimo relacionado com a moagem dos cereais para o fabrico do pão e com a casa das Mós. Negrais (Caminho de) - Caminho situado em área de terras férteis onde as culturas podem ser executadas em policultura. Noval (Caminho do) - Esta via serve uma vasta área de terreno que foi arroteado para a agricultura. Raposeira (Caminho da) - Assim designado por ser local de grande presença de raposas. Parinheira (Caminho da) - Assim designado devido ao sítio em que se situa. Penegudo (Caminho do). Via que dá acesso a este planalto essencialmente composto de xisto. Póvoa (Caminho da) - Lembra-nos um pequeno povoado, existente em tempos remotos e quase desaparecido na actualidade. Quinteiros (Caminho dos) - Segundo a lenda, neste sítio havia quinteiros onde se criavam porcos que depois de mortos e salgados eram leiloados a favor de S. António. Regadas (Caminho das) - O topónimo deste sitio faz-nos crer que em tempos antigos, esta vasta área de pinhal, foi lavradio e devido à sua constituição árida, era regada no Estio. Rompida (Caminho da) - Situa-se no sitio do mesmo nome e em 1885 era chamado de estrada velha. S. Bento (Travessa de) - Este hagiotopónimo homenageia o grande Santo, fundador da Ordem Beneditina. Co-habita com S. João Novo, na sua capela. S. João Novo (Rua de) - Hagiotopónimo para consagrar o Santo mais venerado e festejado na freguesia. Por esta via atingimos um dos melhores miradouros do Alto Minho. S. Pedro (Largo de) - Hagiotopónimo em homenagem ao Santo Padroeiro da freguesia. Santiago (Caminho de) - Lembramos com este hagiotopónimo a passagem dos romeiros a caminho de Santiago de Compostela. Santo Amaro (Caminho de) - Este hagiotopónimo lembra as primeiras festas do ano e a devoção do povo. Senras (Caminho das) -Designação provinda, provavelmente, de vegetação existente em tempos remotos neste sitio. Serradores (Caminho dos) - Assim designado em memória aos antigos serradores do monte, profissão já extinta nesta freguesia.Souto da Barreira (Largo do) - Topónimo adquirido das condições lamacentas do solo. Este largo serviu de recinto durante muitos anos à organização e concretização das festas e dos bailes dos Santos Populares levados a cabo com o empenho dos jovens desse tempo dos quais alguns ainda vivos para nos contarem essas peripécias. Tamanqueiros (Caminho dos) - Assim designada em memória aos muitos artesãos de tamancaria, que existiram nesta freguesia, Tecedeiras (Caminho das) - Com este topónimo lembramos com saudade os bons serões passados à lareira pelas nossas avós preparando o linho e a lá para fabrico artesanal de tecido que iria servir para a confecção do vestuário. Tourais (Caminho dos) - Caminho que serve o sitio com este topónimo e o dos Fiais e está Inserido em área de terrenos agrícolas alagadiços. Valos (Caminho dos) - Advém-lhe o topónimo do sítio que é em declive e formado por socalcos. Vau (Caminho do) - Por aqui seguiam os romeiros, e não só, quando precisavam atravessar o rio a vau. Veiga (Caminho da) - Este topónimo lembra-nos uma vasta área de terrenos agrícolas, onde se colhe o pão e o vinho para sustento das famílias. Velas Aparelhadas (Quelha das) - Em memória dos artesãos que durante gerações se dedicaram ao fabrico e venda destas e doutras preciosidades. Visconde de Cortegaça (Avenida) - Juiz desembargador, mentor e construtor desta via na década de quarenta do século passado.